por Cíntia Moura
A Linha Economia Verde tem como objetivo financiar projetos do setor de produtividade que ajustem na redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no meio ambiente.
A Linha Economia Verde oferece uma das menores taxas de juros do mercado, com taxa de juros de 6% ao ano e prazo de até 5 anos para efetuar o pagamento e ainda 1 ano de carência e financiamento de 100% do projeto.
O crédito é para empresas com projetos voltados à mudança climática. O público alvo desta linha de crédito é pequenas e médias empresas dos setores da agroindústria, transporte, saneamento, energias renováveis, eficiência energética, processos industriais, recuperação florestal em áreas urbanas e rurais, manejo de resíduos e construção.
A nova linha de crédito é concedida pela Agência de Fomento Paulista, criada com base na Política Estadual de Mudanças Climática (PEMC - Lei 13.798), com o intuito de definir metas de redução de 20% das emissões de gases de efeito estufa até 2020.
A Nossa Caixa Desenvolvimento tem a linha de crédito chamada FIP (Financiamento ao Investimento Paulista) para projetos de inovação, desenvolvimento tecnológico, meio-ambiente e eficiência energética, para indústrias, comércio, agroindústrias, prestadoras de serviços e cooperativas de produção.
A linha FIP oferece cinco modalidades de atuação, sendo:
Financiamento para a aquisição de máquinas e equipamentos;
Financiamento para projetos e capital de giro associado ao investimento;
Financiamento para empresas inovadoras que necessitam de recursos para desenvolvimento, transferência de tecnologia e criação de novos produtos;
Financiamento para melhorias no processo de produção para atender à legislação ambiental;
Financiamento às empresas para redução do consumo de energia e uso de fontes alternativas.
A LEI (Linha Especial de Investimento) é uma linha de crédito em operação para empresas com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões e podem contar com a garantia do Fundo de Aval Paulista, designada ao financiamento de aquisição de máquinas e equipamentos, de veículos utilitários e abertura de franquias, com taxa de até 1,3% ao mês.
Transformando o discurso da Economia Verde em exercício, a agência conta com uma rede de parceiros responsável por disponibilizar orientações imprescindíveis para a viabilização das linhas de financiamento disponíveis e com isso facilitar o acesso aos créditos.
Para obter mais informações consulte os parceiros: Sebrae, Abimaq, Fiesp, Fecomercio, Faesp, ACSP, Facesp, Abriesp, Simpi, Sindipeças, Associação Limeirense de Joias, Sindifranca, Apas, Aspacer, Sinbi, Sintelmark, Sindicalçados Jaú, Acervir, Cecompi, Simm, Fipase e Ajoresp.
por Cíntia Moura
Confira as novidades sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade no setor Empresarial.
SALVE O PLANETA !!!
Por meio de técnicas específicas: utilização de equipamentos mais econômicos, plantação de uma quantidade considerável de árvores dentro dos condomínios,telhado solar,entre outros recursos, o construtor e/ou incorporador,tem uma possibilidade
* Emerson Nunes
Por meio de um planejamento respaldado na indispensável ética empresarial perante a sociedade, os empresários, tanto de médio como de grande porte, podem concluir que utilizando materiais ecologicamente corretos na construção, como, por exemplo, equipamentos sanitários com válvulas de descarga com duplo fluxo: se for líquido, a descarga é feita com 3 litros, se for sólido, com seis; torneiras e chuveiros que tenham um menor consumo de água; telhados verdes; soluções de energia com placas solares; sistema de recuperação da água de chuva; tratamento para a água cinza: água dos banhos, das lavagens de mãos, da lavagem da cozinha. Essas transformações podem ser feitas por meio da utilização dos recursos da engenharia.
Hoje já existem indicadores que mostram o grande retorno para a sociedade, advindo dessas pequenas ações.
O conceito de sustentabilidade em empreendimentos da construção civil tem sido pauta em diversas reuniões empresariais, por causa da urgente carência de transformação de imóveis comuns em imóveis verdes.
Ana Rocha Melhado, engenheira civil e profª na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado – Escola de Engenharia) das disciplinas de Construção Sustentável e Metodologia de Certificação Ambiental acredita que “Empreendimentos Sustentáveis é uma das saídas para o ecossistema, e que a construção civil tem grande responsabilidade em implementar soluções de sustentabilidade em seus empreendimentos, por que ela é uma das indústrias que mais exige e que mais necessita dos recursos naturais nos seus materiais, e nos seus processos construtivos”.
Todavia, para Ana, tratar a questão da sustentabilidade como forma de lucratividade direta no Brasil, ainda é muito “embrionário”, ela diz que, normalmente os empreendimentos sustentáveis tendem a custar um investimento maior no início, que pode ser avaliado em um percentual em torno de 5 a 10%. No entanto, já está comprovado que o empreendimento com características de sustentabilidade tem um aumentado significativo nas vendas, e uma grande participação dos usuários, que leva outros empresários a ter facilidade para comprar e vender os empreendimentos.
Mudanças de atitudes administrativas na empresa mostram claramente aos executivos paulistas como podem construir imóveis com responsabilidade ambiental e social, sem perder dinheiro, muito pelo contrário, alcançando uma margem de lucro superior.
“O desencadeamento do processo de adaptação de uma nova política de construção de imóveis, compensa 100% para os construtores e/ou incorporadores, e é um caminho sem volta, o Brasil já tem materiais e tecnologias suficientes para a obtenção de uma construção verde”, assevera Ana Melhado.
Para ela, a pergunta, no limiar deste novo século é: Será que conseguiríamos construir empreendimentos que não sejam verdes? Respondendo, a engenheira fala que em sua opinião, não. No seu ponto de vista toda construção tem que seguir esses parâmetros desde o início: utilização de materiais ecologicamente corretos, como já fora mencionado.
Com o comportamento ético na construção civil, pode-se garantir uma redução em torno de 40% no consumo da água. Os empreendedores ganham com a grande aceitação dos usuários, e, os novos proprietários economizam com as adaptações de novos equipamentos nos prédios.
Ana Melhado enfatiza que as causas básicas que provocam atividades ecologicamente predatórias estão muito focadas no ato da própria sociedade enquanto indivíduo. E conclui dizendo “se cada indivíduo, mudar o seu ato, fizer a sua parte, as empresas, as instituições, as escolas, vão fazer também a sua, então o “dever de casa” está no nosso dia-a-dia, pequenas ações vão levar a um mundo mais sustentável”.
Preocupados com a questão ambiental que está movimentando o mundo, a Wallenius acredita que o futuro da indústria naval está na utilização de fontes de energia que já estão disponíveis no mar: a energia do sol, vento e ondas. Assim criou um navio politicamente correto, que não agride o meio ambiente e há uma economia de até 40% em seus gastos. O E/S Orcelle, nome na língua francesa de um golfinho que está em extinção, é um navio que não dispersa nenhum tipo de gás na atmosfera ou no oceano.
Usa-se fontes de energias renováveis e células combustível , energia eólica, solar e energia das ondas para a propulsão do navio, que não necessitam de óleo ou água de lastro.
A água de lastro, uma das grandes ameaças dos oceanos, tem por objetivo aumentar ou diminuir o calado do navio durante a navegação para garantir sua segurança operacional. Além disso, durante a viagem o navio consome combustível e água. Assim, ocorre uma diminuição do seu peso bruto que consiste em redução do seu calado carregado, permitindo que o leme e parte da hélice fiquem fora d’água prejudicando a manobrabilidade e governo do navio.
O design avançado tem capacidade para carros e outros bens mais eficientes que os navios convencionais. Os materiais utilizados na construção, em sua maioria, são alumínio e materiais termoplásticos, que são resistentes e de fácil manutenção.
A energia solar é utilizada através de painéis fotovoltaicos processo de conversão direta da radiação solar em corrente elétrica contínua, localizados na vela do navio.
Quando as velas não estiverem em uso para propulsão dos ventos, a vela pode ser inclinada e direcionada para a máxima coleta da energia solar. Assim, a energia solar será então transformada em eletricidade para uso imediato ou para armazenamento.
A energia eólica será usada para propulsão através de três velas construídas com um leve material. As ondas do mar também serão fundamentais e podem ser transformadas em diferentes tipos de energia como hidrogênio, eletricidade e energia mecânica. Além disso, a energia do movimento das barbatanas pode ser aproveitada para gerar energia hidráulica que pode ser utilizada imediatamente ou armazenada.
Outro promissor sistema de armazenamento de energia mecânica, como volantes, estão sendo desenvolvidos.
Sabe-se muito bem da necessidade de uma conscientização continuada dos empresários com relação a todos os temas das questões ambientais: Sustentabilidade;Restauração e manutenção do ecossistema; Mudança de políticas na construção de imóveis, entre outros assuntos pertinentes ao meio ambiente.
Os estudantes universitários, principalmente da área de Engenharia Civil, precisam de um direcionamento intra e interdisciplinar, que os prepare para a adaptação de novas técnicas de construção civil, pois a tendência, é que os imóveis ao invés de serem comuns sejam verdes.
Apesar de em alguns casos os investimentos serem irrisórios, e, em outros, prevalecer
Por meio de pesquisas direcionadas e palestras sobre o assunto, os executivos descobriram que podem até alcançar uma margem de lucro maior, com práticas empresariais ecologicamente corretas.
A Revista Planeta Terra conversou com o Coordenador do Planejamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Confira:
P.T.: Como os empresários de médio e grande portes podem atuar no gerenciamento de suas empresas, com responsabilidade ecológica, e, paralelamente, obterem retorno financeiro, advindo de novas metas administrativas?
Tércio: Trabalhando o Meio Ambiente Latu Sensu. O principal não é plantar árvores, investir em propagandas,fazer programas totalmente vinculados à marca da empresa, como estratégia de marketing.
É muito importante criar formas técnicas a serem aplicadas na produção, com vista à amenizar o impacto da empresa sobre o meio ambiente. Como exemplo temos a Petrobrás, que limpa o diesel de 500 PPLS para uma média abaixo de 50 PPLS.
É muito mais importante, também criar programas de incentivo cultural e socioambiental.
A agenda verde tem tido prioridade, principalmente na televisão, mas deve-se pensar no meio ambiente Latu Sensu. Com vista a uma orientação para a diminuição dos fluxos de massa e fluxos energéticos, na fabricação de produtos industriais.
P.T.:Existem novos projetos de preservação ambiental e sustentabilidade a serem colocados em prática, ou o assunto “ Sustentabilidade” está esgotado, e se tornou apenas objeto-meio para a auto-promoção de políticos e empresários?
Tércio:O assunto não está esgotado, inclusive existe uma prospecção de pesquisa.
Hoje fala-se muito da sustentabilidade com o objetivo de auto-promoção. Mas o assunto é sério, e caro, todavia, essencial, e existe possibilidade comprovada de retorno para a sociedade, para o meio ambiente e para os empresários.
Na fabricação da lajota, por exemplo, você pode fabricar mais e consumir menos energia, mas os empresários, em primeiro lugar, precisam fazer uma adaptação na empresa. O etanol brasileiro é considerado, internacionalmente, como etanol sustentável.
P.T.:Quais os programas da Secretaria do Meio Ambiente voltados para os industriais, com o objetivo de direcioná-los a uma forma de produção, sem prejudicar o Meio Ambiente e com mais lucratividade para os empresários?
Tércio: 1-O Protocolo do Setor Sucroalcooleiro, com redução drástica do processo de queima de açúcar;
2-Protocolo da Construção Civil Sustentável;
3-Trabalho de orientação com mineradores, para que possam adotar processos mais produtivos na mineração;
4-Documento de Economia Verde para identificar no Estado de São Paulo, quais são os gargalos por tecnologia sustentável;
5-Criação, por meio da Caixa do Desenvolvimento, de uma linha de crédito para a economia verde;
6-Agência de fomentos da Nossa Caixa com recursos para a economia verde;
7-Instituições de fóruns de queima eólica, entre outros projetos.
P.T.:Na Convenção para o Meio Ambiente, que aconteceu em Estocolmo, na Suiça, em 1972,os países do sul, liderados pelo Brasil, afirmaram que estariam dispostos a “lutar” pelo desenvolvimento a qualquer custo. Os empresários se “ escudam” nessa afirmação em busca do lucro, ainda que em degradação ao meio ambiente. Quais as medidas mais viáveis para resolver este problema, de maneira que a natureza seja preservada e os empresários continuem progredindo, para o sucesso financeiro da nação?
Tércio:Uma questão importante a ser mencionada é que os cidadãos vão escolher produtos sustentáveis. Então, os empresários descomprometidos com a sustentabilidade vão ficar “à deriva” do mercado. Quem é competitivo pensa no meio ambiente, e continua no mercado. Quem não é fica de fora. Com novas medidas de emissão de gases, alcança-se a qualidade ambiental.
P.T.:Os empresários de médio e grande portes do Estado de São Paulo têm feito realmente alguma coisa para reparar a degradação ambiental causada por suas empresas, ou apenas ludibriam a sociedade, em busca de prestígio e reafirmação de sua marca, por meio do investimento em marketing?
Tércio:Os empresários de médio e grande portes são líderes. Esses, realmente, estão modificando o seu paradigma empresarial. Acredito que a pré-disposição à mudança de postura existe. Precisamos qualificar essa mudança. Para isso, temos a Carteira de Indicadores Ambientais. Os indicadores mostram que houve uma evolução clara na qualidade ambiental.
O próprio mercado internacional impulsiona a mudança de postura dos empresários ao exigir, por exemplo, uma carne bovina que tenha sido preparada por meio de técnicas ecologicamente corretas.
A preocupação é a que está hoje no pensamento de muitas de pessoas, principalmente, as que estão alerta com o nosso mundo. Ele está sob os olhos da ciência, que cada vez mais nos informa e nos previne de coisas que estão acontecendo e que estão por vir.
O mundo agora lança o alerta, abre os olhos e tenta se conscientizar deste fato, que hoje é pauta diária em muitos jornais. Será ele, uma causa antropogenica ou natural, o homem ou o próprio mundo está se degradando? São muitas perguntas com poucas respostas, pesquisas e estudos sem muitos resultados. Então o mais importante hoje é, abrirmos nossos olhos para a gravidade de acontecimento e tentarmos fazer com mais pessoas no mundo façam a sua parte, caso seja elas mesmas culpadas destes processos.
-Responsabilidade social significa respeitar os cumprimentos dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral, na qual contribui para modificar hábitos e costumes do local de impacto.
Podemos distinguir a responsabilidade social corporativa que cria ações para projetos sociais no qual beneficia a comunidade e também as empresa atuando na melhoria de vida para todos. E também a Responsabilidade Social Empresarial que trabalha com questões éticas ligada a empresas interessadas em mostrar a sua importância com os impactos negativos no meio ambiente e sendo transparente com seus colaboradores como clientes, fornecedores, a população ao redor e com o governo.
Com essas responsabilidades sócio-ambientais temos o objetivo de tornar a sociedade mais limpa e assim colaborar com inclusão social na qual beneficiara as comunidades e os próprios funcionários afetados por essas empresas. Além de ajudar a sociedade em diversos aspectos a empresa ainda ganha uma imagem institucional respeitada por todos como socialmente corretas.
O Brasil tem crescido bastante com empresas de gestão socialmente responsável. Essa prática ajuda no equilíbrio da competitividade, na divulgação dos negócios e também influência muito na lucratividade dessas empresas tornando as conscientes e repassando seus valores para os colaboradores empresariais, tendo cada vez mais credibilidade e qualidade nos produtos produzidos e oferecidos ao mercado e sendo reconhecidos pela sociedade.
Uma pesquisa realizada pela Market Analysis, empresa de pesquisa de mercado em estudos nacionais atuante em países da América Latina com 10 anos de experiência destacou as dez melhores empresas e corporações em Responsabilidade Social atuantes no Brasil. Entre elas a Petrobrás está em primeiro lugar no ranking como “empresa modelo” e as demais seguidas pela Nestlé, Coca-Cola, Rede Globo, Unilever, Natura, Vale do Rio Doce, AmBev, Bom Preço e Azaléia.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social lançaram um livro “Responsabilidade Social Empresarial para Micro e Pequenas Empresas – Passo a Passo” onde orientam e incentivam empresas no desenvolvimento social. E um dos assuntos tratados por essa publicação e dividido em sete temas: Valores e Transparência, Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Consumidores e Clientes, Comunidade, Governo e Sociedade. Esse material e outros relacionados serão disponibilizados gratuitamente no site do Instituto Ethos (http://www.ethos.org.br/) e no site do Sebrae (http://www.sebrae.com.br/).
Componentes do grupo:
Cíntia Moura
Débora Fernandes
Felipe Cruz
Magno Viana
Marjorie Dias